sexta-feira, 19 de junho de 2009

Gestão de Tecnologias na Educação Básica

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC
CAMPUS DE SÃO MIGUEL DO OESTE
CAMPUS APROXIMADO DE MARAVILHA
CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
MARINALDA BELÉ







RELATÓRIO DE PESQUISA: A GESTÃO DO USO DE TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA









Maravilha
2009
MARINALDA BELÉ





RELATÓRIO DE PESQUISA: A GESTÃO DO USO DE TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA




Relatório de Pesquisa apresentado à disciplina de Prática e Investigação Educativa V, Curso de Pedagogia, Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus aproximado de Maravilha.

Prof°. LUCIRLENE PERTUZATTI DE LEMES





Maravilha
2009

RESUMO

O relatório é resultado da pesquisa descritiva, bibliográfica, qualitativa e vem aprofundar conhecimentos históricos sobre a gestão, bem como a gestão das tecnologias como ferramenta pedagógica na Educação Básica. Os estudos foram realizados com base em teorias de diversos autores, que debatem a atuação dos gestores e como estes podem contribuir com os professores no uso das tecnologias em atividades de ensino e aprendizagem. Através da entrevistas com gestores de escolas públicas e particulares tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o cotidiano destas instituições e os desafios encontrados na gestão de tecnologias, no que refere-se a aquisição, manutenção de equipamentos, formação continuada dos professores e utilização da tecnologia como ferramenta pedagógica. Daremos ênfase a utilização das tecnologias, percebendo como estas podem contribuir na construção do conhecimento.

Palavras-Chave: Tecnologias. Gestão. Escolas. Aprendizagem. Desafios.


















SUMÁRIO

CAPITULO I................................................................................................................ 4
CONSIDERAÇÕES INICIAIS...................................................................................... 4
CAPITULO II................................................................................................................6
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................6
2.1 Trajetória Histórica da Gestão Escolar............................................................. 6
2.2 Gestão Democrática das Escolas Públicas do Brasil...................................... 8
2.3 Recursos da Educação Básica – Lei do FUNDEB ..........................................11
2.4 Gestão e uso das tecnologias na Educação Básica ......................................13
Capitulo III.................................................................................................................17
3 ANALISE DOS DADOS.........................................................................................17
3.1 Entrevistas com Gestores da Educação Básica.............................................17
3.2 Aquisição e Manutenção de Tecnologias nas Escolas..................................17
3.2 Capacitação dos Professores...........................................................................18
3.4 Possibilidades de uso das Tecnologias como Ferramentas Pedagógica na Educação Básica......................................................................................................19
3.5 Interesse dos Alunos na Utilização de TICs em Sala e Aula..........................20
Capitulo IV.................................................................................................................22
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................22
REFERÊNCIAS .........................................................................................................24












CAPITULO I

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A fim de cumprir uma exigência do Componente Curricular Prática e Investigação em Pesquisa V, construímos o relatório de pesquisa do projeto escrito no semestre anterior que trazia como tema: “A Gestão e o Uso de Tecnologias na Educação Básica”. O problema levantado para este projeto é: “ Como são gestados os recursos tecnológicos nos espaços escolares?”, assim buscamos conhecer e debater assuntos pertinentes a atuação dos gestores na organização das tecnologias existente nas escolas.
O estudo justifica-se pela necessidade do uso de novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem, visando assim construir com alunos e professores um olhar critico para o uso das tecnologias de informação e comunicação presentes em nossa sociedade. Diante disso é imprescindível atuação do gestor que busque dar condições para que esta dinâmica de construção do conhecimento aconteça.
O objetivo da pesquisa é conhecer e discutir a gestão dos recursos tecnológicos usados no processo pedagógico das escolas de Educação Básica, além de buscar compreender como se deu o processo de gestão das escolas públicas do Brasil nas últimas décadas, fundamentar teoricamente a necessidade da utilização de recursos tecnológicos da Educação Básica, analisar os dados coletados e sistematizar os conhecimentos teóricos e práticos.
As questões de pesquisa apresentadas para o presente projeto são: Quais equipamentos tecnológicos estão disponíveis para a utilização de alunos e professores? Como os professores estão utilizando os recursos tecnológicos no processo de ensino/aprendizagem? Os professores estão se atualizando para a utilização destes novos recursos? Como os alunos veem a disponibilidade de equipamentos tecnológicos na escola? Como a gestão organiza a manutenção e preservação dos equipamentos tecnológicos disponíveis na escola? Como são distribuídos os recursos para a aquisição e manutenção de equipamentos tecnológicos? Quais abordagens teóricas são feitas sobre gestão escolar?
A metodologia utilizada para desenvolver a pesquisa foi descritiva bibliográfica, qualitativa, que permitiu descrever, analisar, compreendendo assim o processo de gestão democrática e gestão de tecnologias nas escolas de Educação Básica. A pesquisa contou com o auxilio de fontes bibliográficas que tratavam do tema, entre elas destacamos, LDB, Ghiraldelli, Moran. Realizamos também entrevista com gestores de escolas públicas e particulares de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, afim de responder as questões levantadas no projeto de pesquisa e dado seqüência elaboramos o relatório.
O relatório está dividido em três capítulos, sendo eles: Capitulo I – Considerações Iniciais, esta apresenta o tema e o justifica demonstrando sua importância. Em seqüência comenta sobre os objetivos e problemas da investigação e a metodologia utilizada para a realização do estudo.
Capítulo II – Referencial teórico, nesta etapa esta organizada a fundamentação teórica da pesquisa e esta subdivido em 4 partes, sendo elas: histórico e legislação da gestão escolar, gestão democrática das escolas pública do Brasil, recursos da Educação Básica - Lei do FUNDEB, gestão e uso das tecnologias da Educação Básica.
Capitulo III – Analise dos dados, neste capitulo foi realizado uma breve analise dos dados coletados nas entrevistas com os gestores. E esta sub divido em: entrevistas com gestores da educação básica, aquisição e manutenção de tecnologias nas escolas, possibilidades de uso das tecnologias como ferramentas pedagógica na Educação Básica, capacitação dos professores, interesse dos alunos na utilização destes equipamentos em sala e aula.
Capítulo IV – Considerações Finais, este apresenta o resultado da pesquisa, respondendo assim as questões de pesquisa e apontando perspectivas para as realidades analisadas.










CAPITULO II

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O referencial teórico fundamenta teoricamente atuação do gestor na Educação Básica. Dar-se-á início ao estudo através de uma breve trajetória histórica da gestão escola do Brasil, e em seguida um breve estudo referente a gestão e o uso das tecnologias como ferramenta pedagógica nas escola de Educação Básica.
Inicia-se a discussão pela trajetória histórico da gestão escola.

2.1 Trajetória Histórica da Gestão Escolar

Os primeiros conceitos de ensino no Brasil foram dados por “Ratio Studiorum” (organização do plano de estudo da Companhia de Jesus) que foram trazidos pelos jesuítas e tinha como primeiro objetivo catequizar os índios. Este método de ensino era baseado no professor, com disciplinas rígidas, obediência, que buscava a formação de um cristão, sendo assim os conteúdos eram fundamentados em pensamentos da igreja católica. E foi desta forma que a educação permaneceu por mais de duzentos anos.
A instalação da República no Brasil, e o surgimento das primeiras ideias de um plano que pensasse a educação para todo o território nacional aconteceram simultaneamente. A media que o quadro social, político e econômico do início deste século se desenhava a educação começava a impor como condição fundamental para o desenvolvimento do país. Neste período, segundo Ghiraldelli,(1994) instalou-se no cenário educacional brasileiro três correntes pedagógicas: A Pedagogia Tradicional – associadas a intelectuais ligados a igreja. Esta pedagogia buscava um ensino baseado em cinco passos: preparação, apresentação, associação, generalização e aplicação, sendo assim a aula deveria começar sempre relembrando o visto na aula anterior. A Pedagogia Nova – ligada a burguesia e a classe média que buscavam a modernização da sociedade brasileira. Diferente da anterior enfatizou os a importância da liberdade da criança, adotando métodos de trabalhos em grupos buscando sempre colocar a criança o centro do processo de ensino/aprendizagem e não mais o professor. A Pedagogia Libertária – que ao contrário das duas primeiras não esteve ligada as classes dominantes, surgiu dos movimentos sociais populares, que propunha uma “escola moderna”, com


diretrizes firmadas em quatro pontos: “ educação “de base cientifica e racional” no sentido de “retirar da criança interpretações místicas ou sobrenaturais”; dicontonia entre instrução e educação , sendo que a educação deviria compreender, se um lado, “formação da inteligência” e, de outro, a preparação de um ser “moral e fisicamente equilibrado”, a “educação moral, menos teórica do que prática, deveria resultar do exemplo e da lei natural da solidariedade”, “adaptação do ensino ao nível psicológico das crianças”. (GHIRALDELLI, 1994, pg. 23)


Na Primeira República as escolas públicas que existiam eram voltadas para o atendimento de classes mais favorecidas, não havendo escolas públicas para pobres.
Mais tarde, entre os anos de 1930 e 1937, O “Manifesto dos Pioneiros da Educação”, propunha a reconstrução da educação. O movimento teve grande repercussão e motivou uma campanha que resultou na inclusão de um artigo especifico na Constituição Brasileira de 16 de junho de 1934, o Art. 149 declarava “ A educação é direito de todos e deve ser ministrada pela família e pelos poderes públicos, cumprindo a estes proporcioná-la a brasileiros e estrangeiros domiciliados no pais [...]” (apud, GHIALDELLI, 1994, p. 60).
O Manifeste dentre muitas reivindicações, busca a autonomia administrativa e econômica das escolas, segundo o documento não será possível alcançar uma educação realmente preocupada com a formação do sujeito enquanto a escola estiver a mercê de decisões políticas partidária.[...] “a educação pública a interesses transitórios, caprichos pessoais ou appetites de partidos, será impossível ao Estado realizar a immensa tarefa que se propõe da formação integral das novas gerações”. (GHIRALDELLI, 1994, p. 64).
O Manifesto propõem ainda uma educação “descentralizada” e unitária em todo o território nacional, mas que considere os interesses regionais e da comunidade escolar atendida. Sendo assim


[...] decorre a necessidade de uma ampla autonomia technica, administrativa e econômica, com que os technicos e educadores, que têm a responsabilidade e devem ter, por isso, a direção e administração da funcção educacional, tenham assegurados os meios materiaes para poderem realizal-a (GHIRALDELLI, 1994, p. 64)



Mesmo havendo reivindicações em defesa de uma escola democrática ainda estávamos muito longa disso.
Em 1959 foi criando um novo Manifesto, diferente do primeiro, preocupou-se nas gerais de políticas de educação.


O Manifesto de 59” não foi favorável ao monopólio do ensino pelo Estado, como quiseram fazer crer a opinião publica os defensores do ensino privado. Pelo contrário, como toda a argumentação dos educadores signatários, foi favorável à existência das duas redes, públicas e particular; mas propôs que as verbas públicas servissem somente à rede pública e que as elas particulares se submetessem à fiscalização oficial. (GHIRALDELLI, 1994, p.114)



O golpe militar de 1964, desconfigura a organização política do país. A ausência de democracia influencia o início de um processo de internacionalização da economia, e da educação, gerando em descompasso entre os governantes e interesses da elite.

2.2 Gestão Democrática das Escolas Públicas do Brasil

A gestão democrática só começou a ser “percebida” na esfera política a partir da década de 70, no momento em que a sociedade buscava uma abertura na administração das instituições públicas e a escola como sendo um espaço público também busca uma reestruturação administrativa, que visava autonomia da escola e maior participação dos pais na educação de seus filhos.
Para entendermos melhor o tema de gestão escolar, precisamos conhecer o conceito de administração escolar.
Segundo Felix 1985, (apud Mayer e Canopof, 2002, p. 06) a administração de empresas é a organização de trabalho das empresas, quanto a administração escolar é a organização do trabalho e do sistema escolar. Sendo assim, podemos falar que a administração escolar adota parâmetros da administração de empresas, porém, por ter objetivos distintos se modifica.
Segundo PARO 1999 (apud Mayer e Canopof, 2002, p. 08 ) existem duas concepções de administração escolar. A primeira vem fundamentada nos princípios capitalistas adotadas em empresas. Sendo assim segue os modelos administrativos de Taylor e Faylor. Taylor tinha a preocupação de aumentar a produtividade trabalhando a eficiência no nível dos operários, com ênfase na análise e na divisão do trabalho do operário, nas tarefas. Taylor via assim a organização da gestão por baixo, debaixo para cima, do operário ao diretor.
Fayol preocupava-se fundamentalmente com a análise da estrutura hierárquica das organizações, destacando a linha de comando da qual dependeria todo o bom funcionamento da empresa. Vê a organização da gestão “por cima”, sendo as funções administrativas distribuídas por vários elementos, não sendo apenas exclusivas dos níveis superiores hierárquicos.
A segunda concepção colocada por PARO (1999) opõe a primeira, pois é contestar a qualquer tipo de organização burocrática da escola.
De qualquer forma segundo o autor nenhuma das duas propostas administrativas cabem as escolas, pois ambas defendem interesse particulares e capitalistas. E a escola ao contrário de empresas “busca um fim de difícil mensuração, pois seu caráter é de certa forma abstrato, e outra especificidade da escola é que esta é uma instituição prestadora de serviço e lida diretamente com o elemento humano.” (MAYER; CANOPOF, 2002, p. 15)
Deve considerar também que os alunos são participantes do processo de ação e construção e não mero produto final.
Como já citado dito foi a partir da década de 70 que iniciou no Brasil reivindicações a cerca de democratização da gestão escolar. Isso deu-se em conseqüência de uma busca da sociedade para uma maior participação na administração pública, conseqüência do momento histórico do Brasil e de mudanças sociais a nível mundial.
Surgiu em 1971 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, Lei 5.692/77, onde há uma descentralização do poder existentes no sistema de ensino.
Na Constituição de 1988 também garante em forma de lei a gestão democrática da Educação Básica no Brasil em seu Art. 206, inciso “VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;”. Esta é uma grande conquista da educação da qual nos professores não podemos abrir mão, devemos sim, lutarmos para sua implantação e efetivação nos espaços escolares.
Outra grande conquista que regulamenta a gestão em nosso país é Lei de Diretrizes e Base da Educação - LDB, lei 9.394 de 1996, esta no que refere-se a gestão dispõem em seus artigos 14 e 15, apresenta as seguintes determinações:


Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
Art. 15 – Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro público (LDB, 1996)


Fica assegurado neste artigo a autonomia da escola, e cabe ao gestor direcionar e elaborar o planejamento participativo.


Despertar o interesse da sociedade não é tarefa fácil. A elaboração do Planejamento Participativo depende da disposição dos que participam bem como da existência de um clima favorável para que tenho um bom andamento. ( NASCIMENTO; MENEGOTO, 2002, p, 25)


Estabelecer este clima depende também do entusiasmo do gestor ao convidar os demais membro da escola, pais, professores e alunos a participar das decisões pedagógicas e administrativas da escola. Para tanto deve haver uma liberdade de opinião entre os membros, respeito, fraternidade cooperatividade e acima de tudo diálogo. Exigir a participação das pessoas nas decisões escolares, é ainda pior, as pessoas serem apenas figurantes para assinar documentos sem muitas vezes nem saber do que se trata, não proporciona de forma alguma a democratização das decisões. É fundamental que todos, consigam entender do que se trata, da sua importância na participação de tomada de decisões, e cabe ao gestor a tarefa de manter todos os membros da comunidade escolar a para da real situação da escola, suas necessidades, e de mudanças de legislação.
Todo este movimento organizacional sempre deve ter em mente as melhorias na qualidade de ensino. Para isso as decisões administrativas devem sempre levar em consideração inicial o que isso trará de significativo para a aprendizagem do aluno e construção da cidadania.
Mesmo que assegurados por lei, muito ainda temos a buscar para a efetivação de uma gestão democrática na Educação Básica do Brasil. Questões políticas e partidárias ainda interferem de forma significativa na maneira de organizar e “gestar” a educação. A centralização financeira que pouco considera as questões regionais e a cultura organizacional de cada instituição é um dos fatores que dificulta o trabalho dos gestores. Para ainda a muito a se buscar em termos de democratização da educação.

2.3 Recursos da Educação Básica – Lei do FUNDEB

Como já vimos anteriormente a busca por melhorias na educação, qualidade de ensino e valorização profissional é uma busca de décadas. Muito já de conquistou nestes âmbitos, uma das maiores conquistas foi sem dúvidas, a aprovação da Constituição de 1988 que transfere 25% dos valores recolhidos em impostos para educação.
Mais tarde com a Ementa Constitucional nº 53/2006 fica definido que 20% dos recursos será para a Educação Básica, isso se regulamenta com a aprovação da lei do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, que foi sancionado em 20 de junho de 2007 pela lei 11.494. Está lei terá vigência até 2020. O FUNDEB é constituído de recursos de três esferas Municipal, Estadual e Federal.
A distribuição dos recursos se dá de forma automática, conforme estabelecido no Art. 16 da lei do FUNDEB


Art. 16 Os recursos dos Fundos serão disponibilizados pelas unidades transferidoras ao Banco do Brasil S.A. ou Caixa Econômica Federal, que realizará a distribuição dos valores devidos aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (FUNDEB, 2007)


Estes valores são repassados com base no número de alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental cadastrados no Censo Escolar, devemos lembrar que o número de alunos relacionados no Censo Escolar este ano foi correspondente as matrículas da última quarta-feira do mês de maio.


Art 09 . Para os fins da distribuição dos recursos de que trata esta Lei, serão consideradas exclusivamente as matrículas presenciais efetivas, conforme os dados apurados no censo escolar mais atualizado, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, considerando as ponderações aplicáveis.( LEI 11.494/2007, Art 09)



A utilização destes recursos é exclusivo para o financiamento e desenvolvimento da Educação Básica Pública e se dará de forma igual em suas modalidade, regular, especial, jovens e adultos, independente do tempo de duração ou localidade da escola. Ainda sobre a distribuição dos recursos é importante ressaltar que, Municípios e Estados deverão distribuir os recursos do FUNDEB na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio sendo 60% dos recursos em remuneração em profissionais do magistério, conforme estabelecido no Art. 22, da referida lei.

Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública. (FUNDEB, 2007 )



Fica vedada no Artigo seguinte a utilização deste recursos em fins que não sejam exclusivos na manutenção da Educação Básica.
A lei do FUNDEB estabelece ainda no Capitulo VI o acompanhamento e fiscalização destes recursos, determinando que seja criando conselhos, sua formação e composição e regulamentada no Art. 24 desta lei.
Caberá ao conselho supervisionar o censo escolar anual e a elaboração da proposta orçamentária anual, no âmbito de suas respectivas esferas governamentais de atuação, com o objetivo de concorrer para o regular e tempestivo tratamento e encaminhamento dos dados estatísticos e financeiros que alicerçam a operacionalização dos Fundos. Ainda fica estabelecido em lei, parágrafo 13 aos conselheiros a incumbência de acompanhar a aplicação dos recursos federais transferidos à conta do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar - PNATE e do Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos e, ainda, receber e analisar as prestações de contas referentes a esses Programas, formulando pareceres conclusivos acerca da aplicação desses recursos e encaminhando-os ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE.
A lei do FUNDEB ainda é muito recente, precisamos aprender a trabalhar com tal autonomia. Porém fica claro nesta lei a regulamentação da aplicação dos recursos destinados para Educação Básica assim como a importância da fiscalização na aplicação destes.
Já tivemos muitos avanços na busca de uma educação mais democrática, no que refere-se as leis e descentralização administrativa, mas a ainda diversos desafios, muitas necessidades financeiras individuais das escolas ainda não são atendidas por falta de recursos públicos, obrigando desta forma a comunidades colaborar promovendo rifas, jantas, etc e mesmo assim muitas vezes não da conta de atender necessidades básicas que poderiam melhorar a qualidade do ensino.
De qualquer forma descentralizar recursos só terá resultados significativos na escola ser houver uma gestão democrática e honesta, que compartilhe com toda a comunidade escolar os desafios enfrentados buscando juntos soluções.

2.4 Gestão e uso das tecnologias na Educação Básica

Historicamente o conhecimento e sistematizado precisa ser socializado, porém, não o sentido de ser reproduzido, mas sobretudo como um desafio para ser superado.
Vimos que com o aperfeiçoamento das tecnologias, não precisamos sair de casa para realizar certas tarefas, pagar algumas contas, comunicar-se com pessoas que estão distantes em tempo real. As tecnologias da comunicação, voltadas a educação, estão se expandido, cada vez mais podemos perceber com o aumento de cursos de ensino a distância onde as pessoas buscam novos conhecimentos através da internet.
Estamos na era da grande revolução tecnológica, onde os meios de comunicação e as redes informatizadas são um dos principais motores desta nova sociedade global, indispensável para entrelaçar todas as dimensões da sociedade tanto na vida econômica, produtiva cultura e também de lazer.
A LDB (1996) coloque como princípios e fins da educação “o pleno desenvolvimento do educando significa que a educação como processo intencional, deve contribuir para que o organismo psicológico do aprendiz se desenvolva numa trajetória harmoniosa e progressiva”
Sendo assim, a escola tem grande parcela nas responsabilidades de preparar a criança para a sua integração na sociedade e para a vida adulta. Portanto, os educadores precisam estar preparados para estes desafios, e desde o início interagindo com os alunos e os recursos tecnológicos existente na escola. Possibilitando a formação crítica do aluno para a vida adulta e para interagir no seu dia-a -dia.
A tecnologia está inevitavelmente e de forma cada vez mais acentuada presente na sociedade e nas escolas. A discussão acerca das mudanças a serem implementadas nos processos escolares de ensinar e aprender estão além das metodologias de disciplinas especificas, exigem uma reflexão conjunta sobre novas praticas pedagógicas.
O uso da tecnologia em sala de aula é bastante válido pois possibilita “um ensino e uma aprendizagem mais criativa, autônoma, colaborativa e interativa”.(MORAN, 2001, p.145). No entanto, o professor ainda, muitas vezes, deixa de usar destes recursos por não saber como utilizá-lo de forma coerente e pedagógica.
Para superar estes desafios professores e gestores precisam manter-se em constante busca, pensando e construindo novos conhecimentos; conhecimentos que irão proporcionar ao aluno capacidade para ser um humano mais crítico, consciente de seus deveres e direitos como cidadão, em uma sociedade tecnológica.
Segundo Nunes, o supervisor escolar na questão do uso adequado da tecnologia deve ser parceiro do professor no sentido de conhecer e analisar todos os recursos disponíveis buscando a sua melhor utilização. De nada adianta fazer uso da tecnologia se isso não é feito da melhor maneira possível. As crianças e os adolescentes até podem apresentar, muitas vezes, um conhecimento bem mais adiantado de todas as ferramentas tecnológicas hoje existentes, mas esse conhecimento não será útil se ele não for utilizado de maneira crítica. Supervisor e professor devem caminhar juntos procurando desenvolver, em todos os trabalho envolvendo a tecnologia, a competência crítica dos alunos.
O professor neste processo de busca e criação deve ser “organizador” de espaços para que a tecnologia da informação e comunicação, entre suas inúmeras e novas possibilidades, a produção criativa de novos conhecimentos, o desenvolvimento e debates e teorias.

“ O professor procura ajudar a contextualizar, a ampliar o universo alçando pelo aluno, a problematizar, a descobrir novos significados no conjunto das informações trazidas. Esse caminho de ida e volta, no qual todos se envolvem, participam” (MORAN, 2001, p. 49)


Portanto, trabalhar com tecnologias nas escolas não é somente utilizar-se de computadores, vídeos, etc, é questionar a tecnologia feita para a escola e pela sociedade e o que nos fizemos com estas produções tecnológicas. É vincular tecnologias e didática a cultura.
É relevante no trabalho com tecnologias de comunicação como vídeos computadores, músicas etc. Que se faça uma análise crítica com os alunos de todos sobre o que eles estão assistindo ouvindo, utilizando-se. Normalmente este tipo de dialogo não acontece em casa, portanto é fundamental que a escola faça esta analise com os eles
Nós educadores devemos se ativos e criativos, fazendo a mediação do trabalho com as tecnologias com diferentes metodologias, integrando os conteúdos, as disciplinas, para que todos os envolvidos do processo educacional possam desenvolver sua habilidades de pensamento comunicação, estrutura lógica, criatividade, tornando o ensino aprendizagem um processo prazeroso e motivador.
Podemos dizer que a escola estará utilizando-se das tecnologias em um efetivo processo de construção conceitos e conhecimentos sem perder de vista o contexto histórico e social em que a escola e os alunos, estão inseridos.
O que precisar ficar bem claro é que não é as tecnologias disponíveis na escola não vão, por si só, aumentar o desempenho dos alunos, mas elas estão modificando a forma de ensinar e aprender.

Ensinar com as novas mídias será uma revolução se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Casa contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial. (MORAN, 2001, p. 63).


É necessário que professores e gestores sejam críticos ao seu trabalho com uso de tecnologias, não basta utilizar-se destas só para proporcionar uma matéria didático diferenciado, é necessário desenvolver habilidades que de fato farão diferenças significativas na vida cotidiano dos alunos.
Para que aconteça de fato nas escolas um uso significativo das tecnologias é imprescindível que os professores busquem conhecimentos afim de saber usar estas como uma efetiva ferramenta pedagógica, buscando um trabalho amplo e continuo.


Professores, diretores e administradores terão que estar permanentemente integrados ao processo de atualização por meio de cursos virtuais, de grupos de discussão significativos, participando de projetos colaborativos dentro e fora das instituições em que trabalham ( MORAN, 2001 p, 61).


Neste momento de busca de novos conhecimentos é fundamental a participação dos gestores e orientadores pedagógicos, além de buscando novos conhecimentos, organizando ambientes, curso, estudos dentro e fora da unidade escolar, facilitando assim a formação contínua de seus professores.


















Capitulo III

3 ANALISE DOS DADOS

3.1 Entrevistas com Gestores da Educação Básica

Para a realização das entrevistas foram convidados gestores que atuam em escolas de Educação Infantil, Anos Iniciais e Anos finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio, de escolas públicas estaduais, municipais e particulares da Educação Básica.
Buscando saber como se organiza a gestão destas instituições especialmente no que refere-se a gestão e uso de tecnologias no processo de ensino aprendizagem foram levantada questões referentes a aquisição e manutenção de tecnologias nas escolas, capacitação dos professores, possibilidades de uso das tecnologias com ferramenta pedagógica na Educação Básica, interesse dos alunos na utilização destes equipamentos em sala de aula.

3.2 Aquisição e Manutenção de Tecnologias nas Escolas

As novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) se expandiram rapidamente nas últimas décadas possibilitam novas formas de comunicação e impondo novos rumos para a sociedade, tanto em aspectos tecnológicos como sociais e econômicos; desta forma, é exigindo de todos nos conhecimentos básicos para “interagir” com diversos equipamentos tecnológicos existente no dia-a-dia.
A escola como também responsável para a formação cidadão deve garantir aos alunos estes conhecimentos básicos, ao mesmo passo que utilize-os como uma ferramenta didática.
Diante disso perguntamos aos diretores: Quais equipamentos tecnológicos estão disponíveis para uso dos professores e alunos? Como está organizado os recursos para a aquisição e manutenção destes?
Segundo os gestores das escolas públicas atualmente estão disponíveis muitos equipamentos tecnológicos para uso dos professores e alunos. Entre eles, vídeos, câmera fotográfica digital, laboratórios de informática, equipamentos diversos de laboratório de ciência, física e química.
Os gestores das escolas particulares comentam que é muito difícil as escolas particulares “competir” com as escolas pública no que refere-se a aquisição e manutenção de equipamentos, considerando que estes são de alto custo.
Os gestores das escolas públicas complementam colocando que os equipamentos vem dos governos Federal, Estadual e Municipal e também pelas APPs das Unidades Escolares, afirma ainda muito tem-se feito para a aquisição e destas novas tecnologias.
Quanto a manutenção segundo os diretores é muito tranqüilo, e ágil, se comparado a alguns anos atrás, pois agora assim que o equipamento apresenta defeito é solicitado auxilio técnico e como muitos destes equipamentos ainda estão na garantia logo o problema é resolvido com a troca do equipamento ou de algumas peças. Em casos extremos que não tem mais conserto e excluso do patrimônio e solicitado outro, que as escolas tem recebido com certa facilidade.
Neste aspecto a educação já teve um grande avanço. Mesmo em escolas mais retiradas do interior, já podemos encontrar muitos recursos didáticos tecnológicos, promovendo novos desafios para o processo de produção do conhecimento dentro da escola.

3.2 Capacitação dos Professores

Utilizar novas tecnologias na sala de aula como um recurso didático efetivo requer dos professores além de conhecimentos profundo dos conteúdos que pretendem trabalhar conhecimentos básicos de manuseio de equipamentos tecnológicos para a execução das atividades com os alunos. Portanto a atualização dos professores é necessária e constante.
Percebendo esta necessidade, perguntamos aos gestores: Os professores fazem cursos de capacitação nestas áreas? Quem organiza estes cursos?
Segundo os gestores das escolas públicas, os cursos são organizados pelo NTE (Núcleo de Tecnologias Educacionais). A equipe de tutores dos cursos é formada por pedagogos especialistas em tecnologias da educação, favorecendo assim estudos teóricos e práticos sobre o uso das tecnologias como recuso didático, possível de ser utilizado em todas as disciplinas, nos mais diversos conteúdos.
Uma das tutoras de cursos de tecnologias comenta que nos últimos anos tem sido promovido diversos cursos para os professores, geralmente ele é ministrado parte presencial e parte a distância. Das aulas presenciais a equipe tenta flexibilizar os horários, para que todos ou pelo menos grande parte dos professores possam participar do curso. As atividades a distância tem prazo para entrega, mas este também é flexível e combinado com os professores na medida do possível. Os participantes dos cursos promovidos pelo NTE e que realizam todas as atividades recebem ao final o certificado.
A tutora comenta ainda que o índice de desistência dos professores é grande, e muitos professores tem dificuldades para utilizar recursos didáticos digitais. Ressalta que nas escolas onde o gestor também participa do curso há um índice menor de desistência.
A participação dos professores nestes cursos, segundo os gestores, tem trazido resultados positivos, na medida em que eles buscam aplicar em sala de aula as novas metodologias aprendida na capacitação.

3.4 Possibilidades de uso das Tecnologias como Ferramentas Pedagógica na Educação Básica

As novas tecnologias da informação e comunicação estão afetando muitas áreas da sociedade e isto é indiscutível, o que significa um novo contexto para a educação.
O potencial de inovações tecnológicas transforma a organização dos sistemas educacionais,e o próprio processo ensino-aprendizagem, em termos de conteúdo e organização da aprendizagem, habilidades de pensamento e papéis de professores e alunos. Isso se dá pelo aumento de disponibilidade de informações, o que faz com que traçamos novas estratégias de pesquisa. Também há necessidade integrar as tecnologias no currículo e de desenvolver com os alunos habilidades para o uso destas.
Afim de saber de que forma isso acontece nas escolas perguntamos ao gestores: Como o professores estão utilizando os recursos tecnológicos no processo de ensino e aprendizagem?
A maior parte dos gestores comentaram que ainda há uma grande resistência dos professores ao usar novas tecnologias na construção de conhecimento. Segundo eles isso se dá principalmente pela falta de habilidade dos professores na utilização destes equipamentos.
Contam também que a “nova geração“ de professores por já terem crescidos no meio de TV, vídeos, DVD, computadores, telefones celulares etc, não apresentam tais dificuldades e por isso conseguem, mesmo que timidamente, realizar algumas atividades pedagógicas efetivas utilizando-se das tecnologias.
Ainda assim na maior parte das aulas estes recursos não são usados, e quando usados ficam basicamente em assistir filmes, pesquisas simples na internet, apresentações de slides, ou ainda fotos, mas normalmente só para registro. Sendo assim, com pouquíssima construção e interação dos alunos.


3.5 Interesse dos Alunos na Utilização de TICs em Sala e Aula.

As crianças e adolescentes já estão familiarizados com a TV, com os videogames, aplicações de multimídia, explorando recursos como fotos, vídeos, música e efeitos sonoros, e estes prendem a atenção por serem dinâmicos ágeis, criando uma nova forma de aprender, e recriar conhecimentos, pois conteúdos prontos e “decorebas” não servem mais, isso esta comprovado com os novos parâmetros das provas do ENEN, Provinha Brasil, OBMP e outras, mas muito além destas avaliações a necessidade compreensão esta presente em no mercado de trabalho que exige a cada dia mais conhecimento, raciocínio e flexibilidade.
Os recursos tecnológicos facilitam este processo de recriação de conhecimentos, na medida em que disponibilizam as informações rapidamente, cabe a escola então desenvolver habilidades e formas de aprender o que exige uma busca constante de conteúdos e conhecimentos.
Diante disto perguntamos aos gestores: Como os alunos percebem o uso das tecnologias nas aulas?
Segundo os gestores a maior parte dos alunos tem facilidade em trabalhar com estes equipamentos e muitas vezes ensinam os professores. Mesmo os alunos que não dispõem de muitos recursos em casa não tendo assim muita habilidade no manuseio logo aprendem.
Por outro lado, se o trabalho não for bem organizado pelo professor os alunos logo perdem o foco da atenção, especialmente se for nas salas de informática, onde eles, distrai-se facilmente olhando sites de relacionamentos, com o orkut, blog de fotos, entre outros.
Os gestores afirmam que os alunos gostam de utilizar novas tecnologias nas aulas, a grande maioria fica mais interessada.
Os entrevistados acreditam que ainda a um logo caminho a percorrer para que aconteça nas escolas o uso das tecnologias disponíveis como um recurso pedagógico de fato. Elas são novidades para a maior parte do professores, que não se sentem suficientemente preparados para utiliza-las em suas aulas.
De qualquer forma afirmam que já tivemos muitos avanços nestes aspectos entre eles destacaram a disponibilidade de equipamentos e a facilidade para realização de cursos.

























Capitulo IV

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao realizarmos a pesquisa “A gestão do uso de tecnologias como ferramenta pedagógica na Educação Básica” e conseqüentemente entrevistar gestores que atuam nestas áreas da educação, tivemos a oportunidade de conhecer e debater um pouco mais sobre a dinâmica da gestão escolar, e da gestão de tecnologias.
Buscando compreender o uso de tecnologias como uma efetiva ferramenta pedagógica nas escolas conversamos com gestores de escola públicas e particulares, as questões levantadas foram sobre a aquisição e manutenção dos equipamentos; aceitação e compreensão do uso destes nos trabalhos pedagógicos realizados dentro da escola; a aceitação e vantagens de usá-los com alunos da Educação Básica.
As inovações tecnológicas causaram grandes impactos na sociedade, estimulando mudanças nas formas de comunicação e conseqüentemente nas formas de nos relacionar com o conhecimento com os outros.
A escola (também) responsável pela construção de conhecimentos e formas de nós relacionar não pode ficar “contramão” da evolução tecnológica. Diante destas novas situações não basta a escola repassar conhecimentos, mas deve responsabilizar-se pela “preparar” os alunos na busca constante de aprendizagem e descoberta, então se torna imprescindível a criação de um ambiente de pesquisa, comunicação e colaboração , dentre e fora da escola.
Para que isso aconteça e se perpetue na sociedade, o grupo escolar deve trabalhar unido, traçando objetivos claros e concretizando o papel da escola que é construir conhecimentos e formas de relacionamentos integrando nesse processo o uso de novas tecnologias, recriando formas de ensinar e aprender, sem deixar de respeitar as particularidades de cada realidade escolar.
A escola é portanto, peça fundamental na disseminação e popularização dos benefícios da tecnologia na sociedade, que devem encurtar as diferenças sociais e econômicas, sem ignorar questões religiosas, culturais etc.
A ideia de educação centrada no professor não é mais aceita, assim como não admitimos a aprendizagem centrada exclusivamente no aluno, ou seja, ele como responsável pelo seu fracasso ou sucesso escolar, busca-se portanto a construção da aprendizagem onde alunos e professores envolvam-se em projetos individuais e coletivos, e o professor neste processo é um facilitador, deve permitir que o aluno assuma um papel de sujeito de sua aprendizagem, possibilitando assim que ele aprenda utilizando diversos recursos, (imagens, sons, leitura, fala, etc) se adequando ao que apresenta maior facilidade. Assim o ensino estará focando nas habilidades individuais e não nas dificuldades.
Aprender, conhecer, pesquisar, como um processo constante, dever ser prazeroso, desafiador, encantador, o Ensino Fundamental contribuí, ou deveria contribuir, nesta formação de pesquisador.
Esta pesquisa bibliográfica e de campo possibilitou expandir nossos conhecimentos referentes a gestão da Educação Básica e a atuação dos pedagogos nestas áreas do ensino, estas discussões são fundamentais para a formação e atuação profissional.
Devido ao curto tempo para a realização da pesquisa não foi possível aprofundar maiores estudos no tema levantado, e por este motivo muitas questões não foram aprofundadas nas analises, mas o assunto é pertinente, portanto faz-se necessário novas pesquisas.
















REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez.


BEGOT, Márcia Gleiby dos Santos; NASCIMENTO, Marlene José Cardoso do. Gestão Escolar: Numa perspectiva democrática. Monografia (Licenciatura Plena em Pedagogia) – Universidade da Amazonas, Belém do Pará.2002. Disponível em: www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/gestao_escolar_numa_perspectiva_democratica.pdf


BRASIL. Constituição: República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: senado Federal, 1988. Disponível em

PARO, Henrique Vitor. Administração Escolar: Introdução Critica – 11 ed – São Paulo: Cortez, 2002.

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